terça-feira, 4 de novembro de 2008

Escorpião e a descida aos ínferos

Tanto Hades ou Plutão, quanto seu séquito de divindades eram temidos por todos, deuses e mortais. Ainda assim, alguns poucos enfrentaram o grande risco de descer aos Ínferos, mesmo sem garantia de retorno. Assim fez Psiquê ordenada porAfrodite para resgatar o amor de Eros. Também o poeta Orfeu, motivado por amor, lá desceu, buscando Eurídice. Odisseu desceu em busca de uma informação de Tirésias (o vidente cego). Hermes, o mensageiro dos deuses, e Íris, a deusa mensageira, eram os únicos olímpicos com livre acesso ao Inferos.
Na vida, como no mito, algumas pessoas podem descer aos Ínferos e retornar. São pessoas escorpiônicas ou plutônicas. Algumas podem acompanhar ou guiar as almas, e outras estão em contato periódico com este reino. Como os terapeutas de doentes terminais ou que trabalham em manicômios; dos psicoterapeutas que acompanham os pacientes em suas jornadas interiores, e dos médiuns que ajudam nos ritos de passagem desta vida para outra. Mas antes de exercitar essas funções, é preciso ter feito, primeiro, viagens indivi­duais aos próprios subterrâneos, senão será impossível acompanhá-los. Depressões e experiências próximas à morte, costumam ser iniciações de acesso aos Ínferos. Depois delas, experimenta-se o retorno à vida e perde-se o medo da morte.

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