Netuno, o grande deus dos mares, recebeu de Júpiter, seu irmão, o reino das águas para governar, depois da partilha do Universo. Criatura de natureza selvagem, muitas vezes indomável, era imprevisível: tanto podia abençoar os navegantes com ventos e águas calmas, como podia provocar maremotos e tempestades que destroçavam as embarcações.
Netuno, em sua forma mais antiga, era deus dos oceanos e dos cavalos; as águas simbolizam as infinitas armadilhas do nosso fluído inconsciente e os cavalos representam as pulsões instintivas da nossa natureza bruta. Era o mais primitivo dos deuses, sacudia a terra, provocava tormentas e ondas gigantescas - todos os perigos que surgem quando as forças adormecidas irrompem na consciência. E assim são os peixes, imprevisíveis como o oceano, profundos, misteriosos e fascinantes como tudo o que é desconhecido.
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